UM CERTO VENTO
Há um vento que separa
o seu barco do meu.
Somos pólos que se atraíram
numa cumplicidade que não
resistiu ao calor da hora.
Chamas se ascenderam
Pedras há que se fazem perenes e outras que,
esmagadas, viram palavras sem
norte e sem endereço.
A chama da pele não sobrevive à
penumbra do tempo
e cada rosto se consome em sua
própria trajetória.
Seu caminho é ainda um extenso
vale coberto por uma bruma
que lhe impede de escolher
um dos lados da moeda.
E eu estou de partida.
sem nenhuma profecia,
vou escrevendo meus versos
minhas poesias
e pode ser que neles
Teremos surpresas um dia !
Pode ser que ossa história sobreviva.
Marleminh@ Castilho
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